Visconde de Ouro Preto

Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto (Ouro Preto, 21 de fevereiro de 1836 — Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1912), foi um monarquista e político brasileiro.

No início do século XX, posteriormente à proclamação da república, foi professor de Direito Civil e Comercial da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Foi um dos políticos mais importantes do Segundo Império e grande amigo de S.M. D. Pedro II, o último imperador do Brasil.

Foi eleito senador pela província de Minas Gerais e tomou posse em 26 de abril de 1879. Também ocupou os cargos de secretário de Polícia, inspetor da Tesouraria Provincial e Procurador da Fazenda. Tendo sido deputado provincial em dois mandatos e deputado geral por Minas Gerais por quatro vezes.

Foi ministro da Marinha e da Fazenda e membro do Conselho de Estado. Presidiu o último Conselho de Ministros do Império. Assis Figueiredo foi preso em 15 de novembro de 1889 no Quartel-General do Campo de Santana, no dia da proclamação da república, com todo o Ministério, tendo sido exilado, ainda no Império, o visconde de Ouro Preto, monarquista convicto, abraçou a causa abolicionista. Quando senador, criou um imposto de 20 réis sobre o preço das passagens de bonde, fato que gerou grande agitação no Rio de Janeiro, conhecida como a "Revolta do Vintém", em janeiro de 1880.

Publicou, entre outras obras, A esquadra e a oposição parlamentar e Advento da ditadura militar. Foi agraciado com o título nobiliárquico de visconde em 1888. Foi pai de Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, fundador do Jornal do Brasil.
Escreveu uma obra de história sobre os dez primeiros anos da república.

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