Imigração Suíça no Brasil

Nova Friburgo, durante colonização (1820-1830).
A crise econômica na Europa do século 19 inaugura uma nova etapa na história da imigração dos suíços. Pressionados pela competição dos países industrializados e pelas colheitas minguadas, os suíços deixaram a terra natal em massa. Para fugir da fome, cerca de 2 mil pessoas alistaram-se para emigrar entre 1818 e 1819. Longas negociações entre o governo português e o cantão de Friburgo definiram os detalhes da chegada desse primeiro grande grupo. Ficou decidido que a colônia se chamaria Nova Friburgo e os imigrantes perderiam a cidadania suíça, tornando-se “súditos do rei de Portugal”. Os 2.006 suíços que compraram esse sonho vinham de vários cantões: Friburgo, Berna, Valais, Vaud, Neuchâtel, Genebra, Aargau, Solothurn, Lucerna e Schwyz. Não demorou para o sonho transformar-se em pesadelo. As condições da viagem foram tão precárias que apenas 1.617 chegaram (e 14 bebês nasceram durante a viagem). A região era assolada pela malária. Foi nesse cenário que os suíços pioneiros fundaram a primeira colônia de europeus não portugueses no Brasil. Diante das más condições, em 1823 os colonos de Nova Friburgo se dividiram. Ficaram na colônia os que tinham melhor situação financeira, e os que não tinham nada a perder partiram para terras mais quentes no Vale do Paraíba e para outras cidades. Em 1890, um decreto transformou a colônia em cidade.

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